top of page

IMPORTANTE

O Site Meu Tauá foi criado no intuito de reunir informações, de cunho histórico e informativo, sobre o Município de Tauá. Por esta razão a sua contribuição é bem vinda. fotos antigas e atuais, videos, documentos ou fatos interresante sobre o Município podem ser enviados para o seguinte email: meutaua@gmail.comTodo material enviado terá seus devidos creditos. Criticas, sugestões e/ou retificações: meutaua@gmail.com

O agrônomo, Joaquim de Castro Feitosa, conhecido como dr. Feitosinha, casado no ano de 1946 com a também ambientalista e professora MARIA DOLORES DE ANDRADE FEITOSA de cuja prole nasceu os filhos: Bernardo Pessoa de Andrade Feitosa (in memória), Jose Leôncio de Andrade Feitosa (Medico Cirurgião Cardiovascular, residente da cidade do Rio de Janeiro – RJ), Judith Pessoa de Andrade Feitosa (Engenheira Química e Professora Titular da Universidade Federal do Ceará – UFC), Fátima Lucia de Andrade Feitosa (Geóloga) e Ana Maria de Andrade Feitosa (Engenheira Agrônoma).
 
Formado pela Escola de Agronomia da Universidade Federal do Ceará – UFC e com larga folha de serviços prestados ao Estado do Ceará. Destacou-se como um defensor em defesa do meio ambiente e sobressaiu-se no cenário das pesquisas ambientais com diversas publicações técnico cientificas. Desenvolveu trabalhos e coordenou ações nos quais a conservação do meio ambiente era a pauta prioritária. Ensinou a utilização de pequenos anteparos de combate à erosão (curva de contorno), e aplicou numa grota (pequeno riacho), uma técnica de impedimento do assoreamento e pesquisou sobre as melhores técnicas de compostagem, já em 1950. 
 
Costumava promover reuniões com os agricultores sobre agroecologia, e foi o responsável pela introdução da raça caprina Boer na região dos Inhamuns. 
 
Pesquisador de larga experiência no Setor Ambiental fundou e presidiu por 17 anos a Sociedade Cearense de Defesa da Cultura e do Meio Ambiente – SOCEMA, Membro Efetivo da Sociedade Cearense de Geografia e História e do Conselho Estadual do Meio Ambiente – COEMA bem como da Fundação Brasileira do Caju.
 
No Município de Tauá,  criou em 1947 a Fundação Bernardo Feitosa – FBF, mantenedora do Museu Regional dos Inhamuns cujo o acervo Arqueológico e Paleontológico é dos mais expressivos do Brasil com peças raras e sem similar em nosso Pais o que o coloca em pé de igualdade com outras instituições do gênero.
 
A Fundação Bernardo Feitosa detém sob sua orientação o Centro cultural dos Inhamuns que é uma espécie de colméia irradiadora da cultura regional; a Biblioteca Publica com mais de 15.000 títulos sendo a mais importante da Região dos Inhamuns, o Setor de Informações Ambientais – Sala Verde – referencial Ambiental único no Estado do Ceará e a sala de Paleontologia que guarda os mais preciosos achados fossilizados de animais pré – históricos que habitaram a Região dos Inhamuns entre eles: Preguiça Gigante Terrestre, Tigre Dente de Sabre, Mastodonte – Mamute Americano, etc., além de diversas arcadas dentárias não identificadas de diversos animais, cujo acervo é estimado aproximadamente em 1.800 peças de valor histórico científico.
 
Participou ativamente em diversos Estados da Federação de Congressos, Simpósios, palestras, Cursos, Mesas Redondas, Workshop, etc., dentro das suas atividades profissionais.
 
Durante sua vida foi agraciado com diversas comendas e honrarias entre elas: Medalha Chico Mendes, Medalha da Confederação Nacional da Agricultura; Medalha do Mérito Cultural da Universidade Estadual do Ceará – UESE; Prêmio Empreendedor do Banco do Nordeste; Medalha de Honra ao Mérito da Associação dos Engenheiros Agrônomos do Ceará; Destaque Rotário 2001; Homenagem Especial da Diretoria da Cidadania da Secretaria de Segurança Publica do Estado do Ceará, Personalidade 2002 – CIART – Tauá-Ce; Homenagem Especial do Governo do Piaui.
 
Faleceu na cidade de Tauá em 2003, logo apos completar 88 anos, suas cinzas foram depositadas por sua esposa Dolores Feitosa no Serrote Quinamuiu, uma paixão do ambientalista. 
 
Em 2005 o Comitê Estadual da Reserva da Biosfera da Caatinga instituiu o Prêmio Ambientalista Joaquim Feitosa, a medalha é uma forma de homenagear pessoas físicas ou jurídicas que, no desempenho de suas ações, tenham contribuído de forma relevante para o desenvolvimento sustentável do bioma da Caatinga no Estado do Ceará. A peça é cunhada em bronze e apresenta, invariavelmente, forma circular medindo 05 (cinco) cm de diâmetro, tendo ao centro de uma das faces a esfinge de seu patrono circulada pelas expressões “MEDALHA AMBIENTALISTA JOAQUIM FEITOSA, RESERVA DA BIOSFERA DA CAATINGA – COMITÊ ESTADUAL”, enquanto no verso, figura a Carnaúba, árvore símbolo do Estado do Ceará.
 
Fonte: Museu Regional dos Inhamuns.
 
Mais:
Artigo publicado por Flávio Torres, em homenagem ao Dr. Feitosinha após seu falecimento, no jornal da ADUFC e lido na Câmara dos Deputados em Brasília pelo Deputado João Alfredo (PT-CE):
 
FEITOSA, CABRA VÉIO
Nos anos finais da década de 70 o movimento ecológico da sociedade civil organizada dava os seus primeiros passos. A liberdade de organização, permitida pelo governo militar, era ainda restrita e a questão ecológica era vista com uma certa desconfiança, até mesmo pela esquerda organizada.
Quando o José Lutzenberg já havia criado a AGAPAM, no R. G. do Sul, um grupo de jovens professores da UFC, estudantes e profissionais liberais movimentavam-se, no Ceará, para criar a SOCEMA —Sociedade Cearense de Defesa da Cultura e do Meio Ambiente.
As reuniões eram realizadas na Casa Amarela, cedida pelo Eusélio Oliveira, e ocorreram motivadas por duas questões que surgiram simultaneamente: a anunciada derrubada dos coqueiros da Volta da Jurema, para a construção do Interceptor Oceânico (eta nome pomposo para esgoto), e um projeto de Capinação Química da Prefeitura de Fortaleza, onde herbicidas seriam lançados nas ruas, para acabar com a tiririca, que nasce no meio fio e dificulta a varredura das ruas. Em seguida veio a briga pela desapropriação da área do Parque Adahil Barreto, contrariando planos do BNB e Prefeitura de Fortaleza.
Logo nas primeiras reuniões, apareceu-nos o Dr. Joaquim de Castro Feitosa, da geração dos nossos pais, e, de um modo geral, desconhecido de todos nós. Depois foi que descobri que ele era amigo de meu pai, pelas raízes comuns de Tauá. O grupo, constituído, em sua maioria, de médicos, farmacêuticos, biólogos, físicos, arquitetos, além dos estudantes, logo se rendeu à figura do Dr. Feitosa, como era tratado por nós, tornando-se o nosso primeiro e eterno Presidente.
Na verdade, o Dr. Feitosa estava adiante de todos nós, pois eram estas suas antigas preocupações. Confiando na minha memória, creio ter sido dele a insistência de se inserir a defesa da cultura no nome e no elenco dos objetivos da sociedade que nascia. É que ele, ao mesmo tempo em que escrevia nos jornais sobre a preservação dos solos e dos perigos das monoculturas, já colecionava, em Tauá, e os expunha na sala de visitas de sua residência, objetos de civilizações anteriores, que hoje compõem o museu por ele criado.
Convivemos muito tempo, viajamos e estivemos juntos em muitos embates. Colecionamos muitas derrotas e, surpreendentemente, algumas conquistas. Dele, ficou a lembrança da sua juventude nas idéias e do seu otimismo perante a vida.
 
Tornamo-nos amigos e mais recentemente, quando eu o procurava em sua nova casa de Tauá, sempre ouvia dele: quê que há, cabra véio?
 
Bom, cabra véio, por aqui, nesse 5 de junho de 2004, tá faltando você.
Flávio Torres
 
Saiba Mais:
A OBRA DE JOAQUIM DE CASTRO FEITOSA: CIÊNCIA E CULTURA EM PROL DOS CEARENSES (Blog do Professor João Álcimo Viana)
 
Blog com textos do ambientalista
 
Fotos:

Joaquim de Castro Feitosa (Dr. Feitosinha)

Tauá-CE, em 30 de novembro de 1915

Tauá-CE, em 05 de dezembro de 2003 (88 anos)

Filho de Bernardo de Castro Feitosa e de Raimunda Alves Feitosa

O ambientalista, engenheiro agrônomo, paleontólogo

fundador do Museu Regional dos Inhamuns.

bottom of page