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INICIO DO POVOAMENTO NOS INHAMUNS

Quando os colonizadores chegaram aos Inhamuns, encontraram essas terras habitadas pela nação dos índios Jucás, Genipapos, Inhamuns, etc., cujos os aldeamentos ficavam Jucás (Arneiroz) e Coococi (Parambu). A criação de gado foi a principal atividade desenvolvida no sertão dos Inhamuns pelos colonizadores, que partiam das terras de Icó.

Foi na barra do riacho do Jucá que os colonizadores membros da família Feitosa receberam Sesmarias do Rei de Portugal, terras estas antes habitadas pelos índios Jucás, localizadas próximas a serra dos Boqueirões, hoje pertencentes ao município de Arneiroz.



A partir daí expandiram seus domínios sobre a região dos Inhamuns levando seus currais do Rio Jaguaribe acima e ao longo de seus afluentes, por volta de 1707, o que caracteriza as “estradas de boiadas”, que fomentaram o povoamento da capitania do Ceará.

 

A vida econômica nos Inhamuns girava em torno da pecuária, sendo o boi a principal moeda de troca. Desta maneira, a vida no campo exigia homens habilidosos no traquejo do gado, que ficava espalhado por centenas de léguas de sertão adentro.

 

Na ausência de cercas divisando as fazendas, os rebanhos migravam livremente, cruzando léguas de caatinga, subiam serras, transpunham serrotes, ganhavam o horizonte. Nisto, passavam anos fora das vistas de seus pastores, mas só até o dia em que o vaqueiro recebia a ordem de trazer o barbatão ao curral. O encontro era quase uma certeza.

 

Depois do fazendeiro, o vaqueiro ocupava a posição de maior destaque, ostentando o rude título como se fosse uma patente. Ele era a mola mestra de todo o funcionamento da fazenda, pois sem a sua mão de obra o produto dela evaporava pelos tórridos campos. Por isso ser bem recompensado, recebendo anualmente, no tempo da ferra, um bezerro a cada quatro nascidos na fazenda.

 

Os candidatos a este ofício poderiam facilmente lograr relativa fortuna, o que convidava não só àquela gente racialmente marginalizada, como também aos filhos de importantes famílias, que já possuindo a terra, necessitavam apenas dos bois em seus pastos.

 

Naquela época o transporte fazia-se em lombo de alimárias, logo, saber montar constituía uma necessidade para o deslocamento, fato que tornava quase todos aqueles homens verdadeiros cavaleiros, que, escanchados em seus rocins, venciam as léguas que separavam as fazendas e outros núcleos de povoamento.         

 

Consequentemente, na região dos Inhamuns, muitos vaqueiros percorreram seus campos, derramando seus aboios nos topes dos serrotes pedregosos, rasgando as caatingas vestidos em resistentes couros.  Neste sertão, geralmente, confere-se grande fama aos caboclos. Porém, vez ou outra, um dos “brancos” também se destacava.

 

A noticia de boas terras para a criação do gado (principalmente o surubim) nos sertões do Ceará espalhou-se e aconteceu uma verdadeira corrida em busca dessas terras.



Posteriormente, os Gomes e outros colonizadores receberam Sesmarias e estenderam seus domínios sobre as margens do Rio Trici. 

 

Vieram os Montes, os Fonseca, os Ferreira, os Araújo, os Barreto, os Mendes, os Lobato, os Barbalho, os Esteves, os Almeida, os Andrade e outros, romperam a caatinga e tomaram posse das terras do sertão.


As fazendas eram muito grandes e ficavam distantes uma das outras e das vilas. Algumas fazendas possuíam casas enormes, de paredes muito grossas e madeiramento pesado com vasto alpendre, onde as famílias se reuniam para conversar e ouvir os contadores de histórias, contos e causos, o lazer das famílias ocorria nos espaços das fazendas e nas frequentes missas e festas da igreja. Ainda hoje existem algumas dessas casas de fazenda passíveis de conservação.

Representação de pequenos povoados surgidos no interior do Ceará

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